Que o jogo político é sujo, baixo e vil todos já sabem. O que chama atenção é que boa parte da imprensa parece não ter limites para a militância.
O que o editor da “Isto É” fez é de uma sem sem-vergonhice sem tamanho. Assassinar a reputação sem fatos, apenas por especulações e tirando proveito da polarização política e o ódio que infectou as redes, é digno de um profissional de quinta categoria.
Tais jornalistas merecem o juízo não do governo – pois isto seria censura – mas do consumidor, que tem a responsabilidade de abandonar o consumo deste tipo de matéria. É por ilações como esta que o Brasil vai demonstrando estar mal equipado no que tange às ferramentas democráticas, como imprensa livre ou parlamento, só para exemplificar, porque este tipo de ilação misturado com baixaria também é visto nos demais poderes e em outras instituições.
A publicação da matéria sugerindo que a primeira-dama tem um caso extraconjugal com um ex-ministro do governo revela um problema de caráter não da esposa do presidente, mas, sim, do sujeito que a publicou. Quando alguém fala da Michelle para mim, eu acabo descobrindo mais sobre este alguém do que da própria Michelle.
Contudo, o efeito esperado foi alcançado. Os que lutam “contra a intolerância” e combatem todo tipo de “injustiça no país” aproveitaram a oportunidade dada pela revista medíocre e colocaram a hastag #bolsonarochifrudo nos trending topics do Twitter. Que maravilhoso.
A hipocrisia e o “ódio do bem” são marcas perenes da maioria dos esquerdistas brasileiros. Não me espanta vê-los celebrando um falso caso de adultério, quando depois vão para a mesma rede defender a desconstrução da família natural heteronormativa e monogâmica.
Tudo funciona na seguinte lógica: não importa o que se diz, mas quem diz. Se você é conservador, não pode ter uma família desestruturada; se você é um militante antibolsonarista, pode até caluniar ou ofender uma mulher que está valendo.
fonte : GOSPEL PRIME